terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Aparição do capeta

 


          Certo dia, noite escura, num terreno baldio, próximo a Igreja Católica, daquela cidadezinha esquecida do mundo, três moleques arteiros, satânicos, pegaram uma abóbora, bem grande e fizeram dela uma caveira bem feia – o satã em pessoa; acederam uma vela vermelha e a fixaram na cabeça de um toco e a puseram por cima. Ficou parecendo o demo do inferno, o capeta mesmo.

A missa acabaria às vinte horas. Os fiéis, que, passariam por ali, a pé, certamente a veriam; ela estava num ponto estratégico, bem na esquina. Era uma caveira feita de abóbora, mas o pessoal, assustado, viu o Capeta mesmo, o verdadeiro satanás do inferno.

O pessoal ao sair da missa, viu o capeta em pessoa e  gritou: Valha-me Deus! É o cão!... Jesus, socorro! Tende piedade! Minha Nossa Senhora da Aparecida! Salve-me Senhor! Salve-me! 

Foi gente correndo para todo lado. O diabo tava solto... Os três capetinhas caíram na gargalhada... quase se mijaram de tanto rir daquela traquinagem. Quando o local se esvaziou, saíram da moita e se depararam com um corpo estendido no meio da rua.

Joãozinho, o nanico, gritou: É a dona Julieta! Ela tá mortinha da silva! E, agora, meu Deus?! Tamo lascados!

Pedrinho, o gago, disse: Viiixeee, aaagooraaa desgraçou tuuuudo! Vooouuu deeeiiitaaar oooo caaabeeeloo!

Luquinha, o mala-sem-alça, esbravejou: Cala a boca, gago, infeliz! Calma aí, seus frouxos, ninguém viu a gente! Não vai nos acontecer nada! Ela morreu de susto! E daí?!... Vamos tirar a caveira dali e vamos dar no pé.

Feito leopardos, esconderam a caveira demoníaca e se escafederam.  Não demorou muito e a polícia chegou ao local. D. Julieta foi levada ao hospital, e lá, acordou do susto, foi medicada e falou:

          - Meu Deus, onde estou? O que era aquilo?! Eu preciso falar com o Padre Bento. Era o Demônio em pessoa! Valha-me Deus!  Credo em cruz três vezes!

O médico e a enfermeira disseram para ficar calma porque naquela idade era comum ver coisa que não existe, coisa anormal, sobrenatural; é o poder da mente humana. Deram-lhe um calmante e ela apagou em sono profundo.

A notícia, como rastilho de pólvora, ganhou a cidade, e o falatório era um só, de que Dona Julieta tinha batido as botas porque tinha visto o capeta. Os três endiabrados, assustados, sabendo do acontecido, se esconderam, cada um em sua casa, debaixo da cama.

O pai do Joãozinho disse para esposa:

- Bem, Dona Julieta viu o capeta e morreu! Estão falando que o Demo veio buscá-la. Faladeira como é, não duvido nada... Amor, toma cuidado, viu!

E a esposa lhe respondeu:

- Tá louco, homem, eu não falo da vida de ninguém, não! Tenho mais o que fazer.

O marido deu uma risadinha maliciosa e foi trabalhar.

O investigador de polícia fazia uma busca no local do crime e achou uma pista, um pé de chinelo de tamanho trinta três. Era a única prova que tinha em mãos. Chegou na delegacia e disse ao Delegado:

- Senhor delegado, aqui está à prova do crime!

Dr. Clécio riu e lhe disse:

- Quer dizer que o capeta perdeu um pé de chinelo e foi saltando para inferno. kkkkkkkkkkkkkk (RIU TANTO QUE SE ENGASGOU). Esse capeta tem que ser enquadrado, Cido! D. Julieta, sua vó, quase morreu e tem gente trancada dentro de casa com medo. Esta cidade está de pernas pro ar.  Cidade pequena com problema de cidade grande. Se esse povo não melhorar, Deus vai aniquilá-lo, assim como fez com Sodoma e Gomorra.

O Investigador pensou: “Vou pegar o desgraçado que fez isso com a minha vó. Ateu, eu não sou não; daí, acreditar que isso é obra do Demo, já é demais para minha inteligência”.

O Padre Bento, assim que soube do acontecido entrou no terreno baldio e fez uma devassa, procurou por todo lado e achou a cabeça da abóbora e a vela, debaixo dum pé-de-limão, e pensou: “Eu sabia que não tinha diabo nenhum nessa história! Esse meu povo inventa cada uma! Perdoai-os, ó Deus! Povo de pouca fé!

Com a notícia da aparição do capeta, a Igreja superlotou, a primeira missa do dia seguinte, estava cheia e o dízimo aumentou sobremaneira, e o Padre ficou pensando se dizia ou não no sermão sobre a aparição do Demo. Pensou... E, nada falou.

Os três pestinhas se reuniram, e Luquinha disse:

- A velha não morreu... Com o susto, desmaiou. Ela sairá do hospital hoje à tarde.         

Pedrinho, o gaguinho, disse:                 

- Maass, aaa pooolíciiia está investiiiigaaando. Oooo queee fiiizeeemos ééé criiime; dáaa cadeeeeiiia! Seee aaa políiiciiiia deeescoooobriiir queeem feeez iiisso, aaa ciiiidaaaadeeee toooda fiiicará saaaabeeeendo. Nóooos vaaaamos seeeer liiinchaaaadooos!

Joãozinho, o nanico, disse:

- Eu sou coroinha, vou me confessar com o Padre Bento e vou lhe contar tudo. Se o meu pai souber disso vou levar uma peia, uma surra daquelas de tirar o couro... Deus me livre de ir para cadeia!

Os dois amigos disseram juntos:

- Você não tá nem doido! O Padre vai matar a gente!

Joãozinho disse:

- Eu tô com medo!

Os três amigos fizeram um pacto: Nunca contariam sobre a caveira para ninguém. Levariam esse segredo para o túmulo.

Joãozinho confidenciou: “Perdi um pé de chinelo, presente do meu pai. Fui lá na data procurar e não o achei. Temos que achar o chinelo logo”. Seus amigos não lhe deram ouvidos e foram-se embora.

O investigador conhecia todo mundo da cidade, saiu de casa em casa perguntando se aquele chinelo pertencia a alguém daquela residência. Luquinha ficou com os olhos estatelados ao vê-lo em sua casa, perguntando à sua mãe se ela não tinha dado falta de um pé de chinelo.

Luquinha reuniu seu bando, imediatamente, e disse:

- Vamos roubar aquele pé de chinelo do Cido, hoje à noite. Ele vai sempre jogar no Tunguete. Vamos aproveitar esse momento e vamos em sua casa buscar o pé de chinelo. Não tem outro jeito. Ou fazemos isso ou esse sujeito vai descobrir tudo.

O Delegado foi à Igreja, logo após a missa, e disse ao Padre Bento:

- Padre, o meu investigador tem uma prova cabal do malfeitor. Creio que dentro de poucas horas iremos elucidar o caso.

- Doutor, que prova é essa?

- Respeito-lhe, demasiadamente, Reverendo, mas, isso é segredo de Justiça. Não posso dizer de jeito nenhum. 

- Mas, Seu delegado, eu sou o Pároco, pode me falar, vou guardar segredo. Quantas vezes você já se confessou comigo?!

- Padre Bento, isso não é um pecado, é segredo profissional.

- Meu filho, eu lhe vi nascer, lhe batizei, lhe crismei, foi meu coroinha. Vai ter coragem de fazer isso comigo? Conta-me logo que prova é essa?!

- Conto não! Não posso! O senhor pode revelar sobre as confissões dos fiéis?

- Claro que não! Jamais violarei o segredo do Confessionário. Exerço a minha batina e a honro com a fé com a qual Deus me confiou, e obedeço piamente o Código de Direito Canônico.

- Eu também não posso revelar sobre essa prova, sou o homem da justiça. Não posso violar a confiança do meu investigador, nem a lei, estaria cometendo um crime.                   

O Delegado foi-se embora com a pulga atrás da orelha e pensou: “Porque tanto interesse do Padre nessa prova...”.

Paulinho viu seu filho descalço e lhe disse:

- Joãozinho, cadê o seu chinelo? Já lhe dei o chinelo de presente para não ver você descalço. Não ande descalço, menino! Vá calçar o chinelo, agora!

Joãozinho correu à casa do amigo e lhe pediu um chinelo emprestado, e Carlos lhe disse:

- Mas você tem que me devolver logo, senão meu pai me dá uma surra também.

Pedrinho era muito religioso e naquele dia, resolveu se confessar com o Padre... Contou tudo e admitiu que estava com medo do investigador descobrir toda a história porque seu amigo tinha perdido um pé de chinelo. O Padre Bento pensou: “Mas, Cido, é ateu. Tenho que dar um jeito de calar a sua boca”. O Padre arquitetou um plano e mandou o seu Sacristão chamá-lo, urgentemente.

Rubens, o puxa-saco, foi à casa do investigador e, disse-lhe:

- Cido, o padre Bento quer vê-lo, agora, já! Ele disse pra você ir lá, correndo, imediatamente, agora mesmo!

- Mas, que diabo o padre quer comigo? Não devo nada para Igreja. Não sei nem se acredito em Deus.

- Não fala assim não, rapaz! Deus é tudo e tudo é amor. O padre não tem diabo nem um. Vai logo e saberá do que se trata. Quando o padre chama é como se fosse Deus... Vá logo!

- Sei lá, tenho minhas dúvidas! Mas, fala pra ele que mais tarde eu passo por lá.

Dona Julieta visita o padre Bento e lhe diz:

- Padre, eu nunca vi bicho mais feio que aquele. Era o Demo, o Demônio em pessoa. Minha Nossa Senhora da Aparecida! Só de falar naquilo fico toda trêmula. Eu fiquei frente a frente com o chifrudo do inferno. Eu já preparei uma novena. Vamos começar amanhã cedo. Padre, eu disse para os que me visitaram no hospital que se o Demo está aqui é porque estamos sem fé; é um sinal dos céus. Por isso, vamos fazer a novena.

Aquele acontecimento abalou a cidade, a zona rural e toda redondeza. Nas Igrejas, o boato era o mesmo: O Capeta está fazendo tocaia em nossa cidade.

O Padre Bento ficou com a consciência pesada e pensou: Será que devo falar sobre essa história, hoje, na hora do sermão... E, se perguntou: Será que devo levar o assunto ao Bispo?

As Igrejas protestantes começaram a fazer cultos durante o dia todo... Até os ateus temeram e começaram a procurar Igreja. A cidadezinha pacata acordou, já não era a mesma! Era gente acendendo velas no Cruzeiro do Cemitério; despachos nas encruzilhadas; promessa para todos os santos e novenas... Enfim, os religiosos se mexeram de forma jamais vista naquele lugar. Em todas as Igrejas as oferendas aumentaram, significativamente. O comércio de produtos religiosos vendia como nunca. A cidade estava prosperando.

Um velho bêbado disse o seguinte no boteco: "Esse diabo fez foi bem para a cidade, tá todo mundo prosperando e a veia linguaruda se curou, não fala mais da vida dos outros... kkkkkkkkkk".

A “palavra do dia” numa Igreja Protestante, dizia: O Senhor disse a Satanás: "De onde você veio? "Satanás respondeu ao Senhor: De perambular pela terra e andar por ela". Jó 1:7. O que causou grande temor aos fiéis.

O Investigador chegou à Casa Paroquial e foi, imediatamente, atendido pelo Padre, que, o levou ao seu escritório e lhe disse:

- Meu filho, eu lhe peço, encarecidamente, que, pare com a investigação sobre a aparição do Capeta.

- Padre, o senhor está me pedindo algo que não posso atender. E, o senhor não pode atrapalhar a investigação, não! Isso é crime também.

- Por que, meu filho? 

- Padre, eu quero pegar o desgraçado que fez isso com a minha vó. Ela quase bateu as botas. Tenho certeza que não tem nada a ver com coisa doutro mundo. Isso foi coisa de moleque, de vândalo; brincadeira de mau gosto. Se não fizermos alguma coisa para punir o responsável, ainda vamos perder um ente querido. Esse cão tem que ser preso! O senhor não acha?

- Meu filho, nem tudo parece o que é. Deus tem desígnios que só pertence a Ele. Veja o movimento da nossa cidade. O povo voltou à Igreja, voltou a ter medo dos castigos de Deus. Isso vai fazer a criminalidade zerar. Nunca se viu tanta reza por aqui. O povo voltou a temer a Deus. Os meninos e as meninas voltaram para o catecismo. O fervor da fé voltou a tomar conta da nossa cidade. Nunca vi você na missa. Falam que é ateu... Mas, pare com essa investigação, pelo amor de Deus!

- Padre Bento, eu sou agnóstico... Não estou lhe entendendo! O que tem a ver uma coisa com a outra? A autoridade policial tem que fazer a sua parte e é o que estou fazendo e não vou parar enquanto eu não pegar o meliante que fez isso.

- Meu filho, eu sei que você é um exímio Investigador de Polícia, mas, essa história não pode ir adiante. Pare de investigar. Essa história acabou fazendo um milagre por aqui. O povo voltou a ter Deus no coração. Isso não é bom?

- Padre, eu acho que o senhor está sabendo demais. Já descobriu a verdade?

- Vieram me dizer que você anda perguntando nas casas se alguém deu por falta de um pé de chinelo.

- É verdade! Eu achei um pé de chinelo novinho em folha, naquele matagal, local que dizem ter visto o Capeta. Vi muitos pisados por lá... De pés pequenos.  E, cheguei à conclusão que tem mais de um envolvido nessa tramoia. Padre, eu vou achar o criminoso que quase matou a minha vó, custe o que custar!

O Padre franziu a testa várias vezes, irritado e pensou: “Vou ter que falar com o superior desse traste e pedir para que o transfira daqui, pra lá onde o diabo perdeu as botas... Vou falar com o prefeito pé-de-boi".

O Investigador foi-se embora e não hesitou em dizer para o delegado sobre a sua visita na casa do Padre:

- Doutor, estou vindo da casa do padre.

- Que diabos você estava fazendo na casa do Bento?

- Eu fui lá porque ele mandou me chamar... Estranhei, mas... O senhor sabe, Padre é Padre, enfim.

- E o que a Igreja queria contigo?

- Só faltou se ajoelhar pra mim, Doutor. Implorou para eu parar com as investigações sobre a aparição do capeta.

O Delegado coçou seus poucos fios cabelos da cabeça e disse: “Aí tem coisa!”.  E disse ao Cido:

- Você me traga o pé de chinelo e me entrega, ainda hoje. 

- Doutor, ele está aqui, na minha mochila... pega!

- Então, essa é a prova do crime?

-  Pois é, Cabo, a partir de hoje em diante, essa investigação é minha. Você está fora desse caso. Vai cuidar de descobrir quem roubou o Jumento, do Zé Galinha, que ele está me enchendo o saco, e até hoje, você não descobriu nada.

O Investigador de Polícia obedeceu seu superior e saiu à procura do ladrão. O Doutor Clécio foi ter com o Padre Bento, cinco dias depois, e disse:

- Padre, eu tenho a prova do crime aqui em minhas mãos, e já descobri tudo e vou prender o bando que fez isso.

- Doutor Delegado, o senhor tem o quê em mãos?

- Eu tenho o pé de chinelo.

- Pé de chinelo?... O que isso tem a ver com a aparição do Capeta?

- Tem tudo a ver, padre! É a prova que não existe Capeta nenhum. Isso, foi armação de moleques. Dona Julieta quase morre e tem gente que ainda está sob efeito de calmantes... Não é justo! Esse crime não pode ficar impune! O Senhor entende, né? Vou prendê-los ainda hoje.

- Esse chinelo não prova nada, delegado. Qualquer pessoa pode ter ido naquele matagal e o esquecido. Todo moleque gosta de brincar em terreno baldio.

- Será, Padre? 

- Claro, delegado! Cuidado para não incriminar inocentes, porque daí o criminoso será o senhor e isso Deus não perdoa!

- Padre, o senhor está muito interessado no encerramento dessa investigação, por quê?

- Pense bem doutor, depois que viram o Capeta por aqui, a cidade melhorou muito, todo mundo passou a ir à Igreja. Até o roubo de galinha, parou. As missas estão lotadas. Nunca vendeu tanto produto religioso como agora. Pense no sossego que nossa cidade vive hoje. A calmaria tomou conta da nossa cidade.

- É... Padre Bento, pensado por esse lado, o senhor está coberto de razão. Minha delegacia está um deserto, nem um B.O., nem de briga de casal. Nunca vi tanta paz em nosso Município.

- Então, pra quê elucidar esse episódio? Deixa o povo pensar que o Diabo anda solto por aqui... louco pra dar o bote!

- Mas, Padre Bento, o Capeta não anda por todo canto do mundo, doido para tomar conta da nossa alma?

- Sim. Mas, essa já é outra história.

O Delegado deu o pé de chinelo para o Padre e deu o caso por encerrado. O Padre chamou Joãozinho e lhe deu o chinelo e lhe disse: “Vê se não o perde mais...”.

Os três capetinhas voltaram a participar, assiduamente, das missas e a ajudar o Padre no catecismo. Toda vez que o povo fraquejava na fé, desanimava na crença, deixava de ir à missa, aos cultos, e a criminalidade aumentava... a aparição do Capeta era certa.

 

Professor Osmar Fernandes, em 07/09/2009


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quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Quanto maior o problema mais doce é o sabor da vitória


Grandes sábios de toda a humanidade só conquistaram êxitos após inúmeras e infindáveis tentativas. Só alcançaram o sucesso depois de muitos erros e fracassos. Mas sempre tiveram como tática a paciência, a persistência e a vontade de fazer; refazer até acertar. Sempre tiveram como lema: Nunca desistir, pois realizar é preciso.

Um exemplo desse ardor na luta é de Thomas Alva Edison, apelidado de “O Mago de Menlo Park”. O inventor da lâmpada elétrica. Trabalhou durante quase 800 dias e 800 noites, auxiliado pelos seus mais hábeis colaboradores... E somente depois de experimentar cerca de 5 a 6 mil fibras diferentes: vegetais, minerais, orgânicas e até um pelo de barba avermelhada de seu assistente... Obteve o sucesso tão almejado.

 Em 1882, Nova York inaugura sua primeira iluminação elétrica pública. A “central” de Edison difundiu-se bem depressa pelo mundo todo, tornando possíveis todos os modernos desenvolvimentos industriais... Sobre ele disse Henry Ford: “Nossa época deveria chamar-se a Era de Edison. São mais de 2.000 as suas invenções. Não há nenhuma descoberta moderna que não esteja ligada, ao menos em parte, ao gênio de Edison...”.

 Assim sendo, cada um de nós deve procurar um motivo para vencer na vida. Tem que parar de reclamar da crise e renunciar os vícios da preguiça, botar a mão na “massa...”. Dar um choque elétrico na fraqueza e levantar a cabeça para fazer alguma coisa. É nessas horas que tem que ser criativo e desejar acordar o sonho.

 Adote um objetivo e torne-se útil, e o desejo de realização lhe será dado. Crie uma postura sólida, porque a primeira impressão é a que fica. Invista em você mesmo. Observe as pessoas em sua volta e note que cada uma tem as suas dificuldades, os seus problemas. Você não é o único.

 Fazer parte de uma multidão de perdedor não tem graça, nem ganha troféu, nem é ovacionado por ninguém, nem por você mesmo. O diploma do perdedor é a desculpa, o fracasso. Nunca será lembrado com alegria, e jamais terá vez ou voz no registro da vida. É como se não tivesse existido.

 Ninguém nasceu sabendo andar, falar, criar. Nunca tenha vergonha de aprender algo novo. Sócrates já dizia: “Sei que nada sei...”. Então, levante-se e dê o pontapé inicial de sua vida. O mundo precisa de você, principalmente de seu êxito. Lembre-se: “Vai-se o homem, fica-se o nome...”.

 

Prof. Osmar Fernandes, em 01/03/2009

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Seu mundo é do tamanho do seu conhecimento


          De nada adianta um belo “Q.I.” na cabeça de um preguiçoso, de um pessimista. Inteligente é o esforçado que vence desafios, é aquele que estuda como louco para viver como rei. O seu mundo é do tamanho do seu conhecimento, e a sua vitória é do tamanho de sua luta.
          Ninguém nasce burro ou doutor. A mente é como um relógio. O relógio para funcionar é preciso dar-lhe corda. Para obter sabedoria é necessário estudar muito. De nada adianta um corpo de barriga cheia se a cabeça estiver vazia.
          Num cérebro vencedor encontra-se a bandeira do otimismo. Seu lema é vencer na vida. Seu desejo é ser O cidadão, e não mais “um mendigo” no meio de uma multidão de perdidos... Tem como símbolo o poder da determinação, e, como meta a realização... Seu prazer é ser o alpinista do sonho, seu destino é exibir o troféu da vitória.
          Goethe dizia: “Se você pensa que você pode ou sonha que pode, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia. Ouse fazer e o poder lhe será dado.”
          Portanto, não fique aí parado, esperando elogios de ninguém. Dê um voto de confiança a si mesmo. Errar, tentando fazer algo, é melhor que morrer de tédio sem fazer nada na vida.
           Doutor ou não, seja um eclético notável. Seja um “Coringa” na arte de aprender. Aprender nunca é demais. Tudo o que for fazer, faça bem feito.
          A pessoa que tem conhecimentos, dificilmente é enganada pelos dragões do submundo, não cai em conversa fiada, em falsas pregações; não vive no mundo da ilusão dos ratos, nem é absorvido pelo cupim do fracasso. Então, devore conhecimentos e seja o seu melhor amigo.


          “FUI MESTRE NA ROÇA, PROFESSOR NA ESCOLA E SOU UM ETERNO APRENDIZ DA VIDA...”

                                                                                         


Prof Osmar Fernandes, em 03/03/2009

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Sagrado segredo



Eu vi o destino chorar.
Não tinha luz nas estradas.
O dia não quis perdoar...
A noite foi conto de fadas.

O caminho era estreito.
O córrego tinha secado.
O sonho era imperfeito...
O sol tinha se retirado.

Sagrado segredo,
Fez o mundo surgir...
Cheio de luz, repleto de medo.

Eu vi muita gente andar,
Face sempre a sorrir...
Outra sempre a chorar.


Prof. Osmar Fernandes, em 09/09/2010

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