domingo, 7 de dezembro de 2014

Presidentes do Brasil - 1500 a 2018 (Monarquia, Parlamentarismo e República)


MONARCAS E PRESIDENTES DO BRASIL

Os monarcas brasileiros foram os regentes do Brasil desde sua descoberta em 1500 até 1889. Existem 3 principais estágios na história da Dinastia do Brasil:
I. Brasil como parte do Reinado de Portugal (1500-1815)
II. Reinado do Brasil (1815-1822), unido com Portugal
III. Império Independente do Brasil (1822-1889)

I – Monarcas do Brasil (1500-1815)
1. Dinastia de Aviz
• D. Manuel I (1500-1521)
• D. João III (1521-1557)
• D. Sebastião I (1557-1578)
• Cardinal D. Henrique (1578-1580)
2. Dinastia de Habsburg (60 anos de domínio espanhol)
• Philip I (1580-1598)
• Philip II (1598-1621)
• Philip III (1621-1640)
3. Dinastia de Braganza
• D. João IV (1640-1656)
• D. Afonso VI (1656-1667)
• D. Pedro II (1667-1706)
• D. João V (1706-1750)
• D. Jose Emanuel (1750-1777)
• D. Pedro III (1777-1786)
Os Reis de Portugal foram os Monarcas do Brasil até a invasão das forças armadas de Napoleão, quando o governo português foi forçado a fugir para o Brasil, em 1807 (História de Portugal).

Em 16/12/1815, o regente D. João VI promoveu o Brasil a reinado, tornando sua mãe a rainha regente – a primeira Monarca do Brasil.
II – Monarcas no Brasil (1815-1822) – Árvore Genealógica
• D. Maria I (1777-1816)
• D. João VI (Regente: 1792–1816, Rei: 1816-1822)


  • Dom João VI de Portugal (nome completo: João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança; Lisboa13 de maio de 1767 — Lisboa, 10 de março de 1826), cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822de facto, e desde 1822 até 1825de jure. Desde 1825 foi rei de Portugal até sua morte, em 1826. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1825, que reconhecia a independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, Dom João VI também foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido seu filho Dom Pedro I o imperador do Brasil de facto.

  • Pedro I do Brasil

    A Independência de Portugal foi proclamada em 07/09/1822, por Pedro I (filho de João VI) que foi coroado Imperador do Brasil, em 01/12/1822.
    III – Imperadores do Brasil (1822–1889)
    1. Pedro I (1822-1831) – Primeiro Imperador do Brasil (Notas: Pedro IV em Portugal; Dona Maria II)

  • Dom Pedro I

    Como imperador do Brasil:
    7 de setembro de 1822
    até 7 de abril de 1831

    Dom Pedro I do Brasil e IV de Portugal


    Dom Pedro II
    7 de abril de 1831 –
    15 de novembro de 1889

    Segundo e último Imperador Brasileiro (RHM: C-145, C-915, C-1517, C-1571, B-72, B-89)
    • Regência Provisória (1831)
    • Regência Permanente (1831-1835)
    • Diogo Antônio Feijó (1835-1837)
    • Pedro de Araújo Lima (1837-1840)
    Princesa Isabel – Princesa Imperial Regente em 1871-1872, 1876-1877 e 1887-1888 (RHM: C-2005).

    Título Honorário de Imperadores do Brasil (desde 1889 até o presente):
    • Isabel (desde a Proclamação da República, em 1889, até sua morte, em 1921)
    • Dinastia de Capet-Orleans-Braganza
    • Pedro III (1921-1940)
    • Pedro IV (1940-presente)
    Casa de Bragança 
    Nascimento: 2 de dezembro de 1825; Morte: 5 de dezembro de 1891
    Precedido por
    Dona Maria da Glória
    mais tarde Rainha Dona Maria II de Portugal
    COA Imperial Prince of Brazil (alternative).svg
    Príncipe Imperial do Brasil
    1825–1831
    Sucedido por
    Dona Maria II de Portugal
    Precedido por
    Dom Pedro I
    CoA Empire of Brazil (1847-1889).svg
    Imperador do Brasil
    como Dom Pedro II do Brasil
    1831–1889
    Sucedido por
    Nenhum
      Parlamentarismo à brasileira

              Nos tempos do Império, o Brasil adotava o parlamentarismo, sistema em que o chefe de governo é o primeiro-ministro. O parlamentarismo brasileiro funcionava assim: o imperador nomeava o presidente do Conselho de Ministros. Este escolhia um ministério e o submetia à aprovação da Câmara dos Deputados. Se o ministério fosse aprovado, passava a governar. Caso contrário, o imperador decidia: ou demitia o ministério ou dissolvia a Câmara e marcava novas eleições. Portanto a vontade do imperador estava acima da vontade da maioria; por isso o parlamentarismo brasileiro do tempo do Império é chamado de parlamentarismo à brasileira. (...)

    PRESIDENTES DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    1º PRESIDENTE DO BRASIL - Marechal Deodoro da Fonseca

    Governo Provisório:15.11.1889 a 25.02.1891 
    Governo Constitucional:  26.02.1891 a 23.11.1891


    Militar e 1º Presidente da República, Marechal Deodoro da Fonseca (05/08/1827-23/08/1892), nasceu na antiga cidade de Alagoas (hoje, Marechal Deodoro), no estado de Alagoas (AL), e faleceu no então Distrito Federal, Rio de Janeiro. Assumiu a chefia do governo provisório em 15/11/1889, na qualidade de comandante do movimento armado, do qual resultou a Proclamação da República. Foi eleito presidente pelo Congresso Nacional em 25/02/1891. 

    Marechal Floriano Vieira Peixoto 
    Mandato: 23.11.1891 a 15.11.1894


    Marechal Floriano Vieira Peixoto (30/04/1839-29/06/1895) nasceu de família simples, na cidade de Ipioca (hoje, Floriano Peixoto), em Alagoas (AL), e faleceu em Divisa – Barra Mansa (RJ). Como Vice-Presidente, exerceu a Presidência até o fim do quadriênio, autorizado pelo Congresso Nacional, em decorrência da renúncia do titular, Deodoro da Fonseca. Nas eleições de 1891 foi eleito vice de Deodoro da Fonseca, o qual Proclamou a República e renunciou o cargo de primeiro presidente, deixando para Peixoto o cargo em 23/11/1891.
              Enfrentou crises nos campos político, econômico e militar. O ano de 1893 foi marcado por dois levantes: a Revolta da Armada (Rio de Janeiro) e a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul. A ameaça representada pelo retorno da monarquia possibilitou a união de facções do Exército e de parcela das elites paulistas no sentido de apoiar o governo de Floriano e sustentar a ordem republicana. O êxito obtido contra os federalistas – que exigiam mais autonomia para os estados – e seus aliados da armada e a repressão violenta desencadeada pelo governo federal levaram à identificação do marechal Floriano Peixoto como o “Consolidador da República”; teve como apelido “Marechal de Ferro”.

    Prudente José de Morais e Barros 
    15.11.1894 a 15.11.1898


              Advogado, Prudente José de Morais e Barros (04/10/1841-03/12/1902) nasceu na cidade de Itu e faleceu em Piracicaba – ambas localizadas no estado de São Paulo. Primeiro presidente civil eleito por voto direto, afastou-se do cargo entre 10/11/1896 a 03/03/1897, por motivo de doença, período em que assumiu o Vice-Presidente Manuel Vitorino Pereira. Eleito pelas forças políticas do Partido Paulista (PRP) e do Partido Republicano Federal (PRF), Prudente de Moraes encontrou o país em crise tanto no plano econômico quanto no político.

    Manoel Vitorino Pereira Presidente interino por 4 meses (10/11/1896 a 03/03/1897)

    Médico, Manoel Vitorino Pereira (30/01/1853-09/11/1902) nasceu em Salvador (BA) e faleceu no Rio de Janeiro. 

    Vice-presidente de Prudente de Moraes, assumiu o governo por enfermidade do titular no período entre 10/11/1896 a 03/03/1897. 

    Coube a ele presidir a inauguração da nova sede do governo federal, instalado no reformado Palácio do Catete, hoje Museu da República, em 24/02/1897.

    Manuel Ferraz de Campos Salles 
    15.11.1898 a 15.11.1902




    Eleito diretamente, o advogado Manuel Ferraz de Campos Salles (15/02/1841-28/06/1913) nasceu em Campinas e faleceu em Santos – ambas cidades localizadas em São Paulo. Selo “Campos Salles”, com valor facial de 500 réis (RHM: 143), da série “Alegorias Republicanas”. Outras emissões RHM: 533 e C-1763 (se-tenant acima).


    Francisco de Paula Rodrigues Alves
    15.11.1902 a 15.11.1906





    Advogado, Francisco de Paula Rodrigues Alves (07/07/1848-16/01/1919) nasceu em Guaratinguetá (SP) e faleceu no Rio de Janeiro. Rodrigues Alves foi Presidente entre 15/11/1902 a 15/11/1906. Foi eleito novamente em 1918, mas por motivos de saúde não assumiu e faleceu, assumindo a Presidência seu Vice, Delfim Moreira.


    Afonso Augusto Moreira Pena
    15.11.1906 a 14.06.1909


              Advogado, Afonso Augusto Moreira Pena (30/11/1847-14/06/1909) nasceu em Santa Bárbara (MG) e faleceu no então Distrito Federal – Rio de Janeiro. Foi eleito diretamente e morreu em exercício, sendo substituído pelo Vice-Presidente Nilo Procópio Peçanha.
              Acossado pelas guerras napoleônicas (1805-1815), o Príncipe Regente de portugal, Dom João vem para o Brasil em 1808. A transformação da colônia em sede do reino propicia, de imediato, a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Para comemorar o centenário de tal acontecimento, o Presidente Afonso Pena decide que, em junho de 1908, seja realizado um grandioso evento artístico, industrial e pastoril, no qual estariam representados todos os estados brasileiros. Do exterior, apenas dois países participaram da mostra: Portugal e Egito. A Exposição Nacional de 1908, que foi toda fotografada, virou uma sofisticada e bela série de 23 cartões-postais litografados à cores, editado pela Compania Litográfica Hartman-Reichenbach.

    Nilo Procópio Peçanha
    14 de junho de 1909 a 15 de novembro de 1910



    Advogado, Nilo Procópio Peçanha (02/10/1867-31/03/1924) nasceu em Campos (RJ) e faleceu no Rio de Janeiro. Exerceu a Presidência como Vice-Presidente por falecimento do titular, Afonso Pena, a partir de 14/06/1909.
    ________________________________








    Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca 
    15.11.1910 a 15.11.1914


              Eleito diretamente, Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca (12/05/1855-09/09/1923) nasceu em São Gabriel (RS) e faleceu em Petrópolis (RJ). Do lado esquerdo, selo “Centenário do Nascimento de Marechal Hermes da Fonseca”, emitido em 12/05/1955 (RHM: C-364). Do lado direito, com a sobrecarga “SPECIMEN”, são mostrados os 4 últimos valores da série de 16 selos oficiais “Hermes da Fonseca”, emitida em 15/11/1913 (RHM: O-14/29).

    Wenceslau Braz Pereira Gomes
    15.11.1914 a 15.11.1918





    Eleito diretamente, o advogado Wenceslau Braz Pereira Gomes (26/02/1868-15/05/1966) nasceu em São Caetano da Vargem Grande (hoje, Brasópolis) e faleceu em Itajubá – ambas cidades localizadas no estado de Minas Gerais (MG). 






    não assumiu o 2º mandato

              No dia 15/11/1918, o Presidente Rodrigues Alves não pode se empossar no cargo, em virtude da precariedade do seu estado de saúde, vindo a falecer em 1919, assumiu a Presidência da República, o Vice-Presidente Delfim Moreira (fotografia abaixo). 

    Delfim Moreira da Costa Ribeiro
    15.11.1918 a 27.07.1919


              O advogado Delfim Moreira da Costa Ribeiro (07/11/1868-01/07/1920) nasceu em Cristina e faleceu em Santa Rita do Sapucaí – cidades de Minas Gerais. Eleito Vice-Presidente diretamente, exerceu a Presidência no período entre 15/11/1918 a 28/07/1919, quando foi feita nova eleição.





    Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa
    28.07.1919 a 15.11.1922


              Advogado, Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa (23/05/1865-13/02/1942) nasceu em Umbuzeiro (PB) e foi assassinado em Petrópolis (RJ). O Vice-Presidente Delfim Moreira não assume a Vice-Presidência da República, em virtude de seu falecimento, sendo substituído pelo então Vice-Presidente do Senado, Francisco Álvaro Bueno de Paiva.
              Abaixo (à esquerda), selo com valor facial de Cr$ 35 cruzeiros alusivo ao “Centenário do Nascimento de Epitácio Pessoa”, emitido em 23/05/1965 (RHM: C-529; há marmorizado). À direita, para marcar a visita de Alberto I ao Brasil, em 19/09/1920 foi emitido um selo que mostra o Rei da Bélgica ao lado do Presidente Epitácio Pessoa.

    Arthur da Silva Bernardes
    15.11.1922 a 15.11.1926

    Advogado, Arthur da Silva Bernardes (08/08/1875-23/03/1955) nasceu em Viçosa (MG) e faleceu no Rio de Janeiro. Arthur Bernardes tomou posse legalmente em pleno estado de sítio, em 1922... RHM:


    Bernardes venceu as eleições presidenciais de 1 de março de 1922, obtendo 466.877 votos contra 317.714 votos dados a Nilo Peçanha, em uma eleição que dividiu o país: Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro apoiaram Nilo Peçanha e os demais estados deram apoio à candidatura Bernardes.1
    Antes da eleição, Bernardes teve que enfrentar o rumoroso caso das "cartas falsas" atribuídas a ele e que denegriam o ex-presidente Hermes da Fonseca.
    Seu vice-presidente foi Estácio Coimbra que substituiu Urbano Santos, vice-presidente eleito, também em 1 de março de 1922, e que faleceu no dia 7 de Maio de 1922, antes de tomar posse.
    O descontentamento com a vitória de Bernardes e com o governo de seu antecessor, Epitácio Pessoa, foram algumas das causas do chamado Levante do Forte de Copacabana, primeira ação do movimento tenentista. Bernardes teve que fazer frente à coluna Prestes, movimento tenentista que percorreu o país pregando mudanças políticas e sociais e que jamais foi derrotado pelo governo.

    Washington Luís Pereira de Sousa
    15.11.1926 a 24.10.1930



              Advogado, Washington Luís Pereira de Sousa (26/10/1869-04/08/1957) nasceu em Macaé (RJ) e faleceu em São Paulo. Junto ao Vice-Presidente Fernando de Mello Vianna, foi deposto em 24/10/1930, pelo movimento revolucionário.

    Uma Junta Governativa, composta por três militares, assume o poder na eclosão do movimento revolucionário de 1930



    24.10.1930 a 03.11.1930



              Quando Washington Luís foi deposto e Júlio Prestes foi impedido de tomar posse como Presidente da República. Assumiu uma junta governativa, São eles: General Augusto Tasso Fragoso (25/08/1869-20/09/1945) nasceu em São Luís (MA) e faleceu no Rio de Janeiro, General João de Deus Menna Barreto (30/07/1874-25/03/1933) nasceu em Porto Alegre (RS) e faleceu no Rio de Janeiro, e Almirante José Isaías de Noronha (06/07/1873-29/01/1963) nasceu no Rio de Janeiro e faleceu em Jacarépaguá (RJ).

    Nota: Os advogados Júlio Prestes de Albuquerque (foto acima, à direita) e Vital Henrique Batista Soares, por voto direto, foram eleitos e proclamados Presidente e Vice-Presidente, respectivamente, entretanto não foram empossados, tendo em vista a eclosão do movimento revolucionário de 24/10/1930, quando a Junta Governativa assumiu o poder. Júlio Prestes (15/03/1882-09/02/1946) nasceu em Itapetininga (SP) e faleceu em São Paulo.




    Getúlio Dornelles Vargas

    a) Governo Provisório - 3.11.1930 a 20.07.1934
    b) Governo Constitucional - 20.07.1934 a 10.11.1937
    c) Estado Novo - 10.11.1937 a 29.10.1945


    e eleito para a gestão: 31.01.1951 a 24.08.1954


    Advogado, Getúlio Dornelles Vargas (19/04/1883-24/08/1954) nasceu em São Borja (RS) e faleceu no Rio de Janeiro. Ele foi Chefe de Governo por 4 vezes: Primeiramente como cabeça do Governo Provisório (1930); depois como Governo Constitucional, eleito pelo Colégio Eleitoral (1934); na terceira vez, como ditador, Getúlio Vargas deu um Golpe de Estado em 10/11/1937, instituindo o Estado Novo que o manteve no poder, pondo fim à luta sucessória dos candidatos à Presidência da República. Entretanto, foi deposto por Golpe de Estado. E, por último, anos depois (1951), ele foi eleito democraticamente pelo PTB, mas cometeu suicídio para evitar outro Golpe de Estado...
              Selo regular da série “Netinha” (RHM: 399), com valor facial de 100 réis azul, filigrana “O” sem traços verdes no verso, que mostra a efígie de Getúlio Vargas. Este selo é similar ao anterior, datado de 1941 (RHM: 370), só que com diferença de filigrana “P”. Nota: Este selo eu recebi de brinde da Filatélica Penny Black, pelo cadastro na nova loja virtual Portal do Selo. Outras emissões filatélicas alusivas a Vargas (numerações RHM): C-133 (1939), C-145, C-150, C-157 (1940), C-157A, C-163, C-167, C-1384/C-1386 (19/04/1984), A-44, A-45, B-2, B-3 (1939), B-7B-8 (1943).

    José Linhares
    29.10.1945 a 31.01.1946



              Advogado, José Linhares (28/01/1886-26/01/1957) nasceu em Guaramiranga (Baturité), no estado do Ceará (CE) e faleceu em Caxambú (MG). Em 29/10/1945, o Presidente Provisório tomou posse no Gabinete do Ministro da Guerra, General Góis Monteiro. José Linhares exerceu a Presidência por convocação das Forças Armadas, como Presidente do Supremo Tribunal Federal, tendo em vista a deposição do titular Vargas.

    Marechal Eurico Gaspar Dutra
    31/1/1946 a 31/1/1951



            Eurico Gaspar Dutra nasceu em Cuiabá, no Mato Grosso, em 18 de junho de 1883, filho de José Florêncio Dutra, comerciante modesto e ex-combatente na Guerra do Paraguai. Militar, foi eleito presidente da República em 31 de janeiro de 1946, por uma coligação partidária formada pelo PSD (Partido Social Democrático) e pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), com o apoio do ex-ditador Getúlio Vargas, de quem fora Ministro da Guerra por nove anos.

              Seu governo promoveu a abertura democrática, mas manteve restrições aos direitos dos trabalhadores. Por pressão das oligarquias industriais, foi instituído o congelamento do salário-mínimo, o que gerou uma série de greves dos trabalhadores. Sob a justificativa de fazerem parte de movimentos comunistas, o Estado interveio em mais de 100 sindicatos e colocou o PCB (Partido Comunista Brasileiro) na ilegalidade.

              Dutra deixou a presidência em 1951 e, três anos depois, participou da conspiração que derrubou o governo democrático de Vargas. Em 1964, apoiou o golpe militar que depôs o presidente João Goulart e manteve expectativa de voltar à presidência. Morreu no Rio de janeiro em 11 de junho de 1974.
            Marechal Eurico Gaspar Dutra (18/05/1883-11/06/1974) nasceu em Cuiabá (MT) e faleceu no Rio de Janeiro 11/6/1974. Ele foi eleito democraticamente pelo PDS. Série de 3 selos “Presidência do General Eurico Gaspar Dutra”, emitida em 07/09/1947. RHM: C-231/233 (C-231A – filigrana “Q”). Outras emissões: Bloco Dutra “Aéreo 1945 – 29/10/1948”, emitido em 14/12/1948 (RHM: B-10), com valor facial de Cr$ 1,80...

    Getúlio Vargas
    31.01.1951 a 24.08.1954



              Em 1954, Vargas enfrentava a oposição da União Democrática Nacional (UDN), dos militares e da imprensa, representada em especial por Carlos Lacerda, e mesmo da estrutura burocrática. Politicamente isolado, Vargas suicidou-se em 24 de agosto de 1954, deixando para o país o documento conhecido como carta-testamento. As razões para esse desfecho são atribuídas, sobretudo, à ineficácia do plano econômico de estabilização: o recurso à emissão monetária desequilibrou as alianças políticas do governo, tanto em relação aos trabalhadores, quanto aos setores da elite que o sustentava, receosa dos efeitos que a política trabalhista poderia gerar. O atentado praticado contra o jornalista Carlos Lacerda, em 5 de agosto, na rua Toneleros, na Rio de Janeiro, e que resultou na morte do major-aviador Rubens Vaz, teve ampla repercussão no país, e é considerado como o incidente que precipitou a crise do governo.

              A morte de Vargas reverteu, no plano simbólico, a situação política que poderia tê-lo conduzido à renúncia, levando o povo às ruas em defesa do "pai dos pobres".

    João Fernandes Campos Café Filho
    Presidente do Brasil - de 24/8/1954 a 8/11/1955




    Advogado, João Fernandes Campos Café Filho (03/02/1899-20/02/1970) nasceu em Natal (RN) e faleceu no Rio de Janeiro (GB). Em 24/08/1954, assumiu a Presidência da República em virtude do falecimento do titular (parece que por motivos de saúde, renunciou).

              João Fernandes Campos Café Filho nasceu em Natal, no Rio Grande do Norte, em 3 de fevereiro de 1899, filho de um senhor de engenho. Trabalhou como comerciário para estudar direito na Academia de Ciências Jurídicas e Comerciais do Recife, capital pernambucana. Depois de formado, passou em um concurso público para procurador da Justiça e pôs em prática sua posição contrária à oligarquia local, defendendo os trabalhadores.

    Carlos Coimbra da Luz - Gestão: 8 de novembro de 1955 a 11 de novembro de 1955

    Advogado, Carlos Coimbra da Luz (04/08/1894-09/02/1961) nasceu em Três Corações (MG) e faleceu no Rio de Janeiro (GB). Como Presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz ocupou a Presidência da República apenas por três dias, substituindo o titular licenciado para tratamento de saúde. Ele foi deposto por um dispositivo militar e considerado impedido de exercer o cargo de Presidente da República pelo Congresso Nacional.



    Nereu de Oliveira Ramos
    11.11.1955 a 31.01.1956


    Advogado, Nereu de Oliveira Ramos (03/09/1888-16/06/1958) nasceu em Lages (SC) e faleceu em São José dos Pinhais (PR). Como Vice-Presidente do Senado Federal assumiu a Presidência da República em virtude do impedimento do Presidente João Fernandes Café Filho e do Presidente da Câmara dos Deputados Carlos Coimbra da Luz, conforme deliberação do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Assumiu interinamente sem noção exata do período em que permaneceria no cargo (2 meses e 21 dias).
    Juscelino Kubitschek de Oliveira
    31 de janeiro de 1956  a 31 de janeiro de 1961

    Juscelino foi o último presidente da República a assumir o cargo no Palácio do Catete. Foi empossado em 31 de janeiro de 1956, e, governou por 5 anos, até 31 de janeiro de 1961. Seu vice-presidente, eleito também em 3 de outubro de 1955, foi João Goulart. Não havia reeleição naquela época. Foi o primeiro presidente civil desde Artur Bernardes a cumprir integralmente seu mandato. Juscelino Kubitschek empolgou o país com seu slogan "Cinquenta anos em cinco", conseguiu encetar um processo de rápida industrialização, tendo como carro-chefe a indústria automobilística. Houve, no seu governo, um forte crescimento econômico, porém, houve também um significativo aumento da dívida pública interna e da dívida externa e da inflação nos governos seguintes de Jânio Quadros e João Goulart2 . Os anos de seu governo são lembrados como "Os Anos Dourados", coincidindo com a fase de prosperidade norte-americana conhecida como "The Great American Celebration", a qual se caracterizou pela baixa inflação e pelas elevadas taxas de crescimento da economia e do padrão de vida dos norte-americanos.

    Jânio da Silva Quadros
    31 de janeiro de 1961 a 25 de agosto de 1961




    Advogado, Jânio da Silva Quadros (25/01/1917-16/02/1992) nasceu em Campo Grande (MS) e faleceu em São Paulo. Eleito pelo UDN, renunciou alegando terríveis forças contra ele... Em 25/08/1961, Jânio Quadros submete sua renúncia ao mandato presidencial que é prontamente aceita pelo Congresso Nacional. João Goulart (Vice-Presidente) não assumiu, pois seu nome foi vetado pelos Ministros Militares. 



    Ranieri Mazzilli

    25.08.1961 a 07.09.1961

              O Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assume o poder, como substituto legal, no dia 26/08/1961, no Palácio do Planalto e governa o País por alguns dias. Tendo em vista o Movimento Revolucionário de 31/03/1964, considerou-se o presente período como encerrado em 01/04/1964. Nota: Parece que o único presidente que não teve nenhum selo postal emitido em sua homenagem.


     REGIME PARLAMENTARISTA


              A segunda experiência parlamentarista no Brasil durou pouco mais de um ano, tendo sido implantada também de maneira "artificial", em 1961: a renúncia de Jânio Quadros ao cargo da presidência da República levaria João Goulart, o vice-presidente, ao governo. No entanto, alguns setores políticos e militares não aderem à posse de Goulart: o regime parlamentarista híbrido foi imposto como condição sine qua non para a posse do presidente. O presidencialismo, um ano mais tarde, foi resgatado através do plebiscito conclamado por Goulart, realizado em janeiro de 1963.
              Mais recentemente, a Constituição de 1988 previu um plebiscito a ser realizado em 1993 para a escolha sobre regime (República ou Monarquia) e forma de governo (Presidencialismo ou Parlamentarismo). Não houve alteração do regime e forma de governo através deste plebiscito, que confirmou a manutenção do sistema de governo preexistente.
    1º Ministro – Tancredo Neves

    1º Ministro – Francisco Brochado da Rocha

    1º Ministro – Hermes Lima
    07.09.1961 a 26.06.1962

    12.07.1962 a 14.09.1962

    15.09.1962 a 06.01.1963

    Primeiro-Ministro






    João Belchior Marques Goulart - "Jango"
    Gestão: 08.09.1961 a 24.01.1963 e 24.01.1963 a 01.04.1964

    Decretos polêmicos de João Goulart em março de 1964: Decreto Nº 53.700: Declara de interesse social para fins de desapropriação as áreas rurais que ladeiam os eixos rodoviários federais, os leitos das ferrovias nacionais, e as terras beneficiadas ou recuperadas por investimentos exclusivos da União em obras de irrigação, drenagem e açudagem, atualmente inexploradas ou exploradas contrariamente à função social da propriedade, e dá outras providências. No dia 13 de março de 1964, João Goulart assina em praça pública, no Rio de Janeiro, três decretos, um de encampação das refinarias de petróleo privadas, outro de reforma agrária à beira de rodovias, ferrovias, rios navegáveis e açudes e um decreto tabelando aluguéis. Esses decretos de 13 de março foram usados como pretexto pelos conservadores para deporem João Goulart: 

    Decreto Nº 53.701: Declara de utilidade pública, para fins de desapropriação em favor da Petróleo Brasileiro S A - PETROBRÁS, em caráter de urgência, as ações das companhias permissionárias do refino de petróleo.18

    Decreto Nº 53.702: Tabela os aluguéis de imóveis no território nacional, e dá outras providências.19
             
    No dia 02/04/1964 o Congresso Nacional declarou a vacância da Presidência da República, assumindo-a novamente, Ranieri Mazzilli.


    MOVIMENTO MILITAR DE 1964 (Ditadura)
    02.04.1964 a 15.04.1964

    Ranieri Mazzilli

    Advogado e jornalista, Paschoal Ranieri Mazzilli (27/04/1910-21/04/1975) nasceu em Caconde (SP) e faleceu em São Paulo. Duas vezes Chefe de Estado, Ranieri Mazzilli, como Presidente da Câmara dos Deputados, assumiu interinamente a Presidência da República em virtude da renúncia do titular e ausência do Vice-Presidente, em viagem à China, até que se resolvesse a crise política gerada pela renúncia de Jânio Quadros. Posteriormente, como Presidente da Câmara dos Deputados, assumiu a Presidência da República, por convocação do Congresso Nacional, que anunciou a vacância do cargo, após a vitória do Movimento Revolucionário de 31/03/1964. No dia 15/04/1964, entregou o cargo ao primeiro Governo da Revolução.


    Período da Ditadura Militar no Brasil 

    (1964 a 1985)

    O regime militar no Brasil foi instaurado em 1 de abril de 1964 e durou até 15 de março de 1985. De caráter autoritário e nacionalista, teve início com o golpe militar que derrubou o governo de João Goulart, o então presidente democraticamente eleito.2 O regime acabou quando José Sarney assumiu a presidência, o que deu início ao período conhecido como Nova República.3 Apesar das promessas iniciais de uma intervenção breve, a ditadura militar durou 21 anos. Além disso, o novo governo pôs em prática vários Atos Institucionais, culminando com o AI-5 de 1968, que vigorou por dez anos. A Constituição de 1946 foi substituída pela Constituição de 1967 e, ao mesmo tempo, o Congresso Nacional foi dissolvido, liberdades civis foram suprimidas e foi criado um código de processo penal militar que permitia que o Exército brasileiro e a Polícia Militar pudessem prender e encarcerar pessoas consideradas suspeitas, além de impossibilitar qualquer revisão judicial.

    No dia 4 de setembro de 1969, o grupo de resistência armada Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), sequestra o embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. Em 5 de Setembro de 1969, é mandado cumprir o Ato Institucional Número Treze, ou AI-13, que institui o …(sic) banimento do território nacional o brasileiro que, comprovadamente, se tornar inconveniente, nocivo ou perigoso à segurança nacional. Em 7 de setembro de 1969 é liberado o Embaixador americano e os 15 guerrilheiros presos libertados, e em função do AI-13, são banidos para o México. Foram também sequestrados o embaixador alemão Ehrenfried von Holleben e o embaixador suíço Giovanni Bucher.
    Marechal Humberto de Alencar Castello Branco 15.04.1964 a 15.03.1967

    O presidente Castello Branco iniciou o governo militar. Compôs o seu governo com predominância de políticos da UDN. Dizia que a intervenção tinha caráter corretivo e era temporária. Porém, as Forças Armadas, lideradas pelo general Costa e Silva, não tinham interesse no papel de moderador, mas sim em "estabelecer a Linha Dura" de repreensão às atividades políticas de esquerda consideradas pelos militares golpistas como "terroristas". No dia 11, o Congresso Nacional ratificou a indicação do comando militar, e elegeu o marechal Humberto de Alencar Castello Branco, chefe do Estado-Maior do Exército. Como vice-presidente foi eleito o deputado pelo PSD José Maria Alkmin, secretário de finanças do governo de Minas Gerais, do governador Magalhães Pinto, que ajudou a articular o golpe. A posse de Castello Branco ocorreu em 15 de abril de 1964 e ele governou o Brasil até março de 1967.

    General Arthur da Costa e Silva 
    15.03.1967 a 31.08.1969


    Eleito pelo Colégio Eleitoral (ARENA), General Arthur da Costa e Silva (03/10/1902-17/12/1969) nasceu em Taquari (RS) e faleceu no Rio de Janeiro. Renunciou por problemas de saúde. Os Ministros da Marinha, Exército e Aeronáutica comunicaram à Nação o impedimento temporário do Presidente da República para o pleno exercício de suas funções, no dia 31/08/1969, por isso, o Décimo Nono Período de Governo, compreendido entre 15/03/1967 a 15/03/1971, foi considerado encerrado nesse dia. O Ato Institucional nº 16/69, declarou vago os cargos de Presidente e Vice-Presidente, marcando novas datas para eleição e posse dos futuros titulares.

    Governo Provisório:

    Uma Junta Militar formada pelos Ministérios da Marinha, Exército e Aeronáutica, assumiu a presidência. Como Ministro da Marinha, Augusto Rademaker assumiu a Chefia do Governo por força do Ato Institucional nº 12/69, durante o impedimento temporário do Presidente da República. Da mesma forma, Lyra Tavares, como Ministro do Exército e, Souza e Mello, Como Ministro da Aeronáutica. O Almirante Augusto Hamann Rademaker Grünewald (11/05/1905-1985) nasceu e faleceu na mesma cidade, Rio de Janeiro. O General Aurélio de Lyra Tavares (07/11/1905-18/11/1998) nasceu na cidade de João Pessoa (PB). O Brigadeiro Márcio de Souza e Mello (26/05/1906-31/01/1991) nasceu em Florianópolis (SC) e faleceu no Rio de Janeiro.

    GOVERNO PROVISÓRIO (Junta Militar)
    Augusto H. Rademaker, Aurélio Lira e Márcio Melo
    31.08.1969 a 30.10.1969

    General Emílio Garrastazú Médici - 30.10.1969 a 15.03.1974


    (04/12/1905-09/10/1985) nasceu em Bagé (RS) e faleceu no Rio de Janeiro. Exerceu o cargo de 30/10/1969 até o Ato Institucional nº 16/69 em seu art. 5º determinou que o mandato presidencial terminasse em 15/03/1974 (nota). O Vice-Presidente, Augusto Hamann Rademaker Grünewald, exerceu a Presidência, nos seguintes períodos: em 07/07/1971, de 06 a 10/12/1971 e 13 a 20/05/1973, por motivo de viagem do titular.

    General Ernesto Geisel
    15.03.1974 a 15.03.1979


    (03/08/1908-12/09/1996) nasceu em Bento Gonçalves (RS) e faleceu no Rio de Janeiro. A Emenda Constitucional nº 1, de 17/10/1969, fixou o mandato presidencial em 5 anos. Selo “Homenagem ao Presidente Geisel”, emitido em 22/06/1978 (RHM: C-1041), com valor facial de Cr$ 1,80 cruzeiros. Ao lado, envelope de primeiro dia não circulado, com a assinatura de Ernesto Geisel.




    Período presidencial

    O governo Geisel foi marcado, desde seu início, pelo processo denominado pelo próprio presidente como de distensão lenta, gradual e segura, com vistas à reimplantação do sistema democrático no país. O binômio desenvolvimento e segurança, formulado pela ESG, foi mantido durante seu governo, caracterizado pela convivência entre uma política de tendência liberalizante e a atuação dos órgãos de segurança implantados após o golpe de 1964.

    Em 1974, o governo permitiu a realização de propaganda eleitoral, proibida desde a edição do AI-5, e os candidatos do MDB à Câmara dos Deputados e ao Senado obtiveram uma expressiva vitória nos principais estados do país, aumentando consideravelmente a bancada oposicionista nas duas casas. No início desse ano havia expirado o prazo de suspensão dos direitos políticos dos primeiros cassados pelo AI-1, como os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros e, em 1975, teve fim a censura prévia ao jornal O Estado de São Paulo, medida estendida mais tarde a outros órgãos da imprensa.

    Em 31 de dezembro de 1978, o presidente Geisel revogou o AI-5, dando um passo decisivo no processo de redemocratização do país.
    General João Baptista de Oliveira Figueiredo
    15.03.1979 a 15.03.1985


    (15/01/1918-24/12/1999) nasceu e faleceu na mesma cidade, Rio de Janeiro. Ambos foram eleitos pelo Colégio Eleitoral (ARENA). Bloco “Visita do Rei da Suécia, Carl XVI Gustaf ao Brasil”, emitido em 02/04/1984. Durante o período entre 1983 e 1984, um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil que ficou conhecido como Diretas Já!. A possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no Brasil se concretizou com a votação da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada, frustrando a sociedade brasileira. Ainda assim, os adeptos do movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte quando Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.

    (Eleito indiretamente)

    Aureliano Chaves (Assumiu a presidência)

    Aureliano Chaves
    15.03.1979 a 15.03.1985

    23.09.1981 a 12.11.1981

    14.07.1983 a 26.08.1983

    REPÚBLICA NOVA

    Tancredo de Almeida Neves
    15.01.1985 a 15.01.1985 (faleceu antes da posse)

    (04/03/1910-21/04/1985) nasceu em São João Del Rei (MG). Sua posse, marcada para o dia 15/02/1985, não chegou a se realizar porque ele adoeceu gravemente na véspera, vindo a falecer pouco depois em São Paulo. A Lei nº 7.465, de 21/04/1986, no artigo 1º, determinou que “o cidadão Tancredo de Almeida Neves, eleito e não empossado, por motivo de seu falecimento, figurará na galeria dos que foram ungidos pela Nação brasileira para a Suprema Magistratura, para todos os efeitos legais”. Selo “Presidente Tancredo Neves – Harmonizador dos Três Poderes”, emitido em 10/10/1985 (RHM: C-1485).

    José Ribamar Ferreira de Araújo Costa  - (JOSÉ SARNEY) - 15.03.1985 a 15.03.1990


              Professor, jornalista e advogado, José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (24/04/1930-) nasceu em Pinheiro (MA). A partir de 21/04/1985, exerceu a Presidência por sucessão, em virtude do falecimento de Tancredo. Sarney foi o 1º Governo civil após o Movimento Militar de 1964. Selo “Homenagem ao Presidente José Sarney”, emitido em 08/03/1990 (RHM: C-1674).


    Fernando Affonso Collor de Mello - 15.03.1990 a 02.10.1992
    32º presidente do Brasil Brasil
    Mandato15 de março de 1990
    2 de outubro de 19921 2
    Vice-presidenteItamar Franco
    Antecessor(a)José Sarney
    Sucessor(a)Itamar Franco


    Jornalista, Fernando Affonso Collor de Mello (12/08/1949-) nasceu no Rio de Janeiro. Foi o 1º Presidente eleito pelo voto popular depois de 25 anos de regime de exceção. Seu curto período de Governo foi marcado por escândalos de corrupção o que levou a Câmara dos Deputados a autorizar a abertura do processo deImpeachment (acusação por alta traição) em 02/10/1992, quando foi afastado do poder. Na sessão de julgamento, a 29/12/1992, Collor renunciou ao mandato. Os Senadores aprovaram a inabilitação política dele por oito anos... Selo “Visita do Presidente Collor à Antártica” (RHM: C-1725).

    Itamar Franco - 02.10.1992 a 31.12.1994



    33º presidente do Brasil Brasil
    Mandato29 de dezembro de 1992
    1º de janeiro de 1995
    Vice-presidentenenhum
    Antecessor(a)Fernando Collor
    Sucessor(a)Fernando Henrique Cardoso
    Vice-presidente do Brasil Brasil
    Mandato15 de março de 1990
    29 de dezembro de 1992
    Antecessor(a)José Sarney
    Sucessor(a)Marco Maciel
    Senador por Minas Gerais Minas Gerais
    Mandato1º de fevereiro de 2011
    2 de julho de 2011
    16.º Governador de Minas Gerais Minas Gerais
    Mandato1º de janeiro de 1999
    1º de janeiro de 2003
    Antecessor(a)Eduardo Azeredo
    Sucessor(a)Aécio Neves
    Prefeito de Juiz de Fora Bandeira de Juiz de Fora.svg
    Mandato1º de janeiro de 1967
    1º de janeiro de 1971
    Antecessor(a)Saulo Moreira
    Sucessor(a)Ademar Rezende de Andrade
    Vida
    Nascimento28 de junho de 1930
    Salvador
    Falecimento2 de julho de 2011 (81 anos)
    São Paulo
    NacionalidadeBrasil Brasileiro
    PartidoPPS (2009-2011)
    ProfissãoEngenheiro civil
    Outro partidoPTB (c. 1955-1964)
    MDB (1964-1979)
    PMDB (c. 1980-1986)
    PL (1986-1989)
    PRN (1989-1992)
    PMDB (1992-2009)
    Engenheiro, Itamar Franco (28/06/1930-), nasceu Itamar Augusto Cautiero Franco em Juiz de Fora (MG). Assumiu a presidência (PMDB). Em 29/12/1992, foi empossado formalmente pelo Congresso Nacional em razão da vacância do cargo de Presidente. Implantou o sistema monetário Real, em 1994. Selo “Homenagem ao Presidente Itamar Franco”, emitido em 22/03/1995, com valor facial de R$ 0,12 centavos (RHM: C-1936).

    Fernando Henrique Cardoso
    01.01.1995 a 31.12.1998 e 01.01.1999 a 31.12.2002

    Sociólogo, Fernando Henrique Cardoso (18/06/1931-) foi eleito em dois mandatos consecutivos (PSDB). Selo “Homenagem ao Presidente Fernando Henrique Cardoso”, emitido em 20/12/2003, com valor facial de R$ 0,74 centavos. Edital: 29. Lançamento: São Paulo (SP). O selo apresenta, em primeiro plano, a figura do Presidente Fernando Henrique Cardoso, portando a faixa presidencial, o que atribui à peça caráter solene e oficial. Ao fundo, a imagem do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República. As arcadas do Alvorada refletidas no espelho d’água reforçam a ideia da tranquilidade e da estabilidade que marcaram as ações do governo Fernando Henrique.
    FHC como ficou conhecido, nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1931, mas foi em São Paulo que fez sua carreira universitária (Sociologia) e política. Em 1952, formou-se em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo – USP. Lá conheceu Ruth Corrêa Leite, com quem se casou e teve três filhos. Foi eleito Presidente da República, em primeiro turno, sendo empossado em 1º de janeiro de 1995. Os bons ventos da economia garantiram sua reeleição, em 1998. Saiba mais noInstituto FHC!


    34º presidente do Brasil Brasil
    Mandato1 de janeiro de 1995
    a 1 de janeiro de 2003
    Vice-presidenteMarco Maciel
    Antecessor(a)Itamar Franco
    Sucessor(a)Luiz Inácio Lula da Silva
    Ministro das Relações Exteriores Brasil
    Mandato5 de outubro de 1992
    a 20 de maio de 1993
    Antecessor(a)Celso Lafer
    Sucessor(a)Luiz Felipe Palmeira Lampreia
    Ministro da Fazenda Brasil
    Mandato19 de maio de 1993
    a 30 de março de 1994
    Antecessor(a)Eliseu Resende
    Sucessor(a)Rubens Ricupero
    Senador por São Paulo São Paulo
    Mandato15 de março de 1983
    a 5 de outubro de 1992
    Vida
    Nascimento18 de junho de 1931 (82 anos)
    Rio de JaneiroRJ
    NacionalidadeBrasil
    PartidoPSDB
    ProfissãoSociólogocientista político,filósofoprofessor universitáriopolítico
    Outro partidoMDB (1978 - 1980)PMDB (1980 - 1988)

    Luiz Inácio Lula da Silva - 01.01.2003 a 31.12.2006 e 01.01.2007 a 31.12.2010

    Metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva (27/10/1945-) nasceu na cidade de Garanhuns (PE). Foi eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) em dois turnos. Foi reeleito, também no segundo turno, em 29/10/2006... Nota: Em 13/11/2006, o Presidente da Câmara, Aldo Rebelo, assumiu a Presidência da República, por ocasião da viagem de Lula à Venezuela e do Vice afastado por licença médica. Aldo Rebelo (PC do B), por 1 dia e algumas horas, foi o 1º comunista a exercer a Presidência do Brasil.

    Aos sete anos de idade, Luiz Inácio Lula da Silva mudou-se com a família para Santos (SP), deixando o interior de Pernambuco em busca de melhores oportunidades de vida. Quatro anos mais tarde, em 1956, foi para a capital do Estado de São Paulo. Lá, ainda criança, trabalhou como vendedor ambulante, engraxate e office-boy. Aos 15 anos, tornou-se aprendiz de torneiro mecânico.

    Em 1970, depois de perder a esposa grávida do primeiro filho, Lula passou a se dedicar intensamente à atividade sindical. Em 1973, casou-se com Marisa, sua atual mulher. Em 1975, chegou à presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Liderou a primeira greve de operários do ABC paulista em 1978, durante o regime militar.

    Em 1980, aliou-se a intelectuais e a outros líderes sindicais, para fundar o PT (Partido dos Trabalhadores), do qual se tornou presidente. No ano seguinte, liderou nova greve de metalúrgicos, foi preso e teve seu mandato sindical cassado.

    Participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e, em junho de 1983, integrou a frente suprapartidária pró-eleições diretas para a presidência da República com os governadores de São Paulo, Franco Montoro (PMDB), e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola (PDT).

    Lula foi eleito, em 1986, deputado federal constituinte com a maior votação do país. Concorreu à presidência da República em 1989, quando foi derrotado no segundo turno por Fernando Collor de Mello, e em 1994 e 1998, quando perdeu para Fernando Henrique Cardoso.

    Em 1995, deixou a presidência do PT e tornou-se presidente de honra do partido. Em 2002, foi eleito presidente do Brasil com votação recorde de 50 milhões de votos. Reelegeu-se em 2006, vencendo, em segundo turno, o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Geraldo Alckmin.

    Na presidência, a gestão de Lula seguiu a política econômica de seu antecessor, conseguindo com isso colocar o país no rumo do desenvolvimento econômico. Lula também surpreendeu os observadores da cena política por conseguir manter altos índices de aprovação e popularidade, descolando-se das denúncias de corrupção que atingiram seus auxiliares mais próximos.

    É inédito na história do Brasil o fato de um presidente concluir seu segundo mandato com um índice de popularidade de 87% (pesquisa CNT/Sensus). Trata-se de um recorde mundial. Fiel ao estilo que marcou seu governo, Lula se despediu da Presidência com choro e nos braços da multidão, tendo sido o centro das atenções na cerimônia de entrega da faixa à sucessora Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em 1 de janeiro de 2011.

    Dilma Vana Rousseff

    Mandato - 01.01.2011 a 31 de dezembro de 2014
    Reeleita p/ 01 de janeiro de 2015 a 31 de agosto de 2016
    Cassada na data de 31 de agosto de 2016.



    SENADO MANTÉM DIREITO DE DILMA EXERCER CARGOS PÚBLICOS

    Após seis dias de julgamento, com intensos debates e ânimos exaltados, a presidente Dilma foi afastada definitivamente pelo Senado, por 61 votos a 20. Em votação logo em seguida, o Senado também decidiu que ela poderá exercer cargos públicos após o impeachment. Os senadores votaram em separado o destaque da pergunta sobre a inabilitação para exercer cargos públicos. Foram 36 votos contra e 42, a favor, e 3 abstenções. Para ser aprovado, seriam necessários 54 votos, ou seja, os 2/3 do número de senadores da Casa, exigidos na Constituição.

    Biografia

    Nascida na capital mineira de Belo Horizonte em 1947, Dilma Vana Rousseff é formada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ainda jovem começou a interessar-se pelos ideais socialistas e cedo começou a participar em grupos militantes contra a ditadura militar no Brasil.

    Dilma esteve detida durante quase três anos entre 1970 e 1972, pelo envolvimento no Comando de Libertação Nacional e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares. Filiou-se pela primeira vez a um partido político no final da década de 1970, passando a militar pelo PDT. Em 1986 foi nomeada Secretária da Fazenda de Porto Alegre, durante o governo de Alceu Collares.

    Quatro anos depois assumiu a presidência da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul e em 1993, foi nomeada pelo então Governador do Estado, Alceu Collares, Secretária de Energia, Minas e Comunicação. Filiou-se ao PT em 2000 e antes de chegar a Presidência da República ainda ocupou o cardo de Ministra-Chefe da Casa Civil entre os anos de 2005 até 2010, quando entrou como candidata à Presidência da República, terminando eleita com quase 56 milhões de votos.

    Cargos Exercidos 

    Foi nomeada Secretária Municipal da Fazenda de Porto Alegre em 1986. 
    Em 1993 foi nomeada Secretária Estadual de Energia, Minas e Comunicações. 
    Foi nomeada Ministra de Minas e Energia em 2003. 
    Em 2005 foi nomeada Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. 
    Foi eleita Presidente da República em 2010. 
    Dados de Dilma


    Nome: Dilma Vana Rousseff
    Idade: 66 anos (14/12/1947)
    Naturalidade: MG - Belo Horizonte
    Estado Civil: Divorciado(a)
    Ocupação: Presidente da República
    Escolaridade: Superior completo

    Fotos dos Presidentes do Brasil República



  • Você sabia?!

    - Na ausência do presidente do Brasil, o poder é assumido pelo Vice-presidente da República. Na ausência do vice, quem assume é o Presidente da Câmara dos Deputados. Na ausência deste último, quem assume o Presidente do Senado. E na ausência do Presidente do Senado, o poder é assumido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    - Para concorrer ao cargo de Presidente da República do Brasil, o cidadão deve: ter 35 anos ou mais; nacionalidade brasileira; ter o pleno exercício dos direitos políticos; ter domicílio eleitoral no Brasil e ser filiado a um partido político regularizado.


    MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA - MANDATO: 

    31/08/2016 A 31 DE DEZEMBRO DE 2018



    31/08/2016 16h41 - Atualizado em 31/08/2016 18h10
    Em cerimônia de 11 minutos, Temer é empossado presidente da República

    Nascido em Tietê, interior paulista, Michel Miguel Elias Temer Lulia tem ascendência árabe. Católica, sua família saiu de Betabura, na região de El Koura, norte do Líbano, e chegou ao Brasil em 1925. Foi no interior que o pai de Temer, Miguel, começou os negócios da família ao instalar uma máquina de beneficiamento de arroz e café na região.
    Aos 16 anos, Temer deixou o interior e, acompanhado de seus seis irmãos, seguiu para a capital paulista. Ali, cursou o ensino médio aos 16 anos e, em seguida, foi aprovado para a Universidade de São Paulo (USP), onde se formou advogado. Na Pontifícia Universidade Católica (PUC), tornou-se doutor e dirigiu o curso de pós-graduação.

    Michel Temer iniciou a carreira política como secretário de Segurança Pública de São Paulo, em 1985. No ano seguinte, elegeu-se deputado constituinte pelo PMDB e, após a constituinte, foi reeleito deputado federal.
    Eleito três vezes presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer assumiu a presidência da República interinamente por duas vezes: de 27 a 31 de janeiro de 1998 e em 15 de junho de 1999.

    Presidente do PMDB, o maior partido do País, Michel Temer costurou a aliança que rende um valioso tempo na propraganda eleitoral no rádio e televisão para o PT. Temer comanda a legenda que conta com 17 senadores, nove governadores, 172 deputados estaduais, 1.201 prefeitos e seis ministros do atual governo.

    Antes de ser aclamado vice, Temer dividiu os holofotes com Henrique Meirelles, que seria a preferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o posto. No entanto, o presidente do Banco Central, cristão novo no PMDB, enfrentou resistência do partido e permaneceu à frente da instituição. No dia 12 de junho, a convenção nacional do PMDB confirmou as expectativas e homologou Michel Temer para ocupar o posto de vice na chapa de Dilma.
    Casado com Marcela Tedeschi Temer, que é 43 anos mais jovem e atraiu as atenções na cerimônia de posse da presidenta Dilma, Temer um filho do atual casamento e outros quatro de outros relacionamentos.


    Solenidade de posse do novo presidente Michel Temer (PMDB) acontece nesta quarta-feira, 31, após aprovação do impeachment de Dilma Rousseff (PT) no Senado.